domingo, 30 de maio de 2010
INCLUSÃO ESCOLAR: Um desafio entre o ideal e o real
O termo inclusão já trás implícito a idéia de exclusão, pois só é possível incluir alguém que já foi excluído. A inclusão está respaldada na dialética inclusão/ exclusão, com a luta das minorias na defesa dos seus direitos.Para falar sobre inclusão escolar é preciso repensar o sentido que se está atribuindo à educação, além de atualizar nossas concepções e resignificar o processo de construção de todo o indivíduo, compreendendo a complexidade e amplitude que envolve essa temática.Também se faz necessário, uma mudança de paradigma dos sistemas educacionais onde se centra mais no aprendiz, levando em conta suas potencialidades e não apenas as disciplinas e resultados quantitativos, favorecendo uma pequena parcela dos alunos.A idéia de uma sociedade inclusiva se fundamenta numa filosofia que reconhece e valoriza a diversidade, como característica inerente à constituição de qualquer sociedade. Partindo desse principio e tendo como horizonte o cenário ético dos Direitos Humanos, sinaliza a necessidade de se garantir o acesso e a participação de todos, a todas as oportunidades, independentemente das peculiaridades de cada individuo.O paradigma da inclusão vem ao longo dos anos, buscando a não exclusão escolar e propondo ações que garantam o acesso e permanência do aluno com deficiência no ensino regular. No entanto, o paradigma da segregação é forte e enraizado nas escolas e com todas as dificuldades e desafios a enfrentar, acabam por reforçar o desejo de mantê-los em espaços especializados.Contudo a inclusão coloca inúmeros questionamentos aos professores e técnicos que atuam nessa área. Por isso é necessário avaliar a realidade e as controvertidas posições e opiniões sobre o termo.Outro aspecto a ser considerado é o papel do professor, pois é difícil repensar sobre o que estamos habituados a fazer, além do mais a escola está estruturada para trabalhar com a homogeneidade e nunca com a diversidade.A tendência é focar as deficiências dos nossos sistemas educacionais no desenvolvimento pleno da pessoa, onde se fala em fracasso escolar, no déficit de atenção na hiperatividade e nas deficiências onde o problema fica centrado na incompetência do aluno. Isso é cultura na escola, onde não se pensa como está se dando esse processo ensino-aprendizagem e qual o papel do professor no referido processo. Temos que refletir sobre a educação em geral para pensarmos em inclusão da pessoa com deficiência.Há também que se lembrar que todos os alunos vêm com conhecimentos de realidade que não pode ser desconsiderado, pois faz parte de sua história de vida, exigindo uma forma diferenciada no sistema de aprendizagem.Mas temos que pensar que para que a inclusão se efetue, não basta estar garantido na legislação, mas demanda modificações profundas e importantes no sistema de ensino. Essas mudanças deverão levar em conta o contexto sócio.econômico, além de serem gradativos, planejadas e contínuas para garantir uma educação de ótima qualidade (Bueno, 1998).Portanto a inclusão depende de mudança de valores da sociedade e a vivência de um novo paradigma que não se faz com simples recomendações técnicas, como se fossem receitas de bolo, mas com reflexões dos professores, direções, pais, alunos e comunidade. Contudo essa questão não é tão simples, pois, devemos levar em conta as diferenças. Como colocar no mesmo espaço demandas tão diferentes e específicas se muitas vezes, nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma adequada, já que lá também temos demandas diferentes?Kunc (1992), fala sobre inclusão: "o principio fundamental da educação inclusiva é a valorização da diversidade e da comunidade humana. Quando a educação inclusiva é totalmente abraçada, nós abandonamos a idéia de que as crianças devem se tornar normais para contribuir para o mundo".Temos que diferenciar a integração da inclusão, na qual na primeira, tudo depende do aluno e ele é que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar, ao passo que na inclusão, o social deverá modificar-se e preparar-se para receber o aluno com deficiência.A inclusão também passa por mudanças na constituição psíquica do homem, para o entendimento do que é a diversidade humana. Também é necessário considerar a forma como nossa sociedade está organizada, onde o acesso aos serviços é sempre dificultado pelos mais variados motivos.Jamais haverá inclusão se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os deficientes poderão ser incluídos. É preciso que as pessoas falem por si mesmas, pois sabem do que precisam, de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadão. Mas não basta ouvi-los, é necessário propor e desenvolver ações que venham modificar e orientar as formas de se pensar na própria inclusão.
Ver o artigo integral no link:
segunda-feira, 2 de julho de 2007
...É tempo de "Festa Junina!"
Parte importante do folclore nacional, os festejos do mês de junho são um ótimo tema para resgatar as tradições culturais do Brasil e desenvolver diferentes habilidades nos alunos. Para celebrar as datas, conte a história, faça comidas típicas e confeccione as tradicionais bandeirinhas.Pipoca, quadrilha, canjica, chapéu de palha e muitas brincadeiras. O mês de junho sempre nos remete a uma das mais tradicionais comemorações folclóricas brasileiras. Celebrada desde o século XVI, a festa junina foi trazida pêlos portugueses. Ao longo da história, ganhou peculiaridades típicas de cada região do País, o que enriqueceu ainda mais esta data. No Nordeste, por exemplo, a população se reúne e faz uma grande festa, com direito a fogueira e a um divertido festival de quadrilhas. Já no Sudeste, é mais comum que sejam realizados festejos menores, restritos, na maioria das vezes, ao ambiente escolar, ruas particulares e clubes.
Atividade:
bandeirinhas de festa
Objetivos:- Desenvolver a coordenação motora e a atenção;- Respeitar os espaços ( lateralidade );- Reconhecer as cores e os números;- Ter noções de seqüência lógica.
Idade: a partir de 4 anos
Número de participantes: todos os alunos
Tempo de preparação: 10 minutos
Tempo de execução: 40 minutos
Materiais:- cartolina azul; - Kit de Pintura a Dedo com 6 unidades;- tesoura com ponta arredondada; - cola branca;- canetinha preta;- barbante;- folha sulfite;- Kit de Pincéis;- lápis preto;- risco da bandeirinha.
Materiais alternativos: lápis de cor ou giz de cera.
PASSO-A-PASSO FEITO PELO EDUCADOR:
1)- Transfira o risco da bandeirinha para a folha sulfite e recorte. Repita este procedimento até atingir o número ideal, de modo que cada aluno tenha 5 bandeiras.
2)- Divida cada bandeirinha em duas partes com um risco pontilhado. Varie o traço para que uma delas fique com risco horizontal, outra vertical, outra diagonal, e assim por diante.
3)- Com a canetinha, enumere cada parte da bandeirinha com números seguidos. Assim, uma terá escrito "1" e "2", outra, "3" e "4" e assim sucessivamente, até alcançar "9" e "10".
4)- Confeccione, com cartolina, canetinha e tinta guache, uma tabela de cores para os alunos pintarem as partes das bandeirinhas. Siga a ordem: número 1: amarelo, número 2: azul-claro, número 3: azul-escuro, número 4: verde-claro, número 5: verde-escuro, número 6: vermelho, número 7: rosa, número 8: roxo, número 9: laranja e número 10: marrom.
5)- Entregue 5 bandeirinhas para cada aluno e peça que eles pintem-nas de acordo com a tabela de cores.
COLOCANDO EM PRÁTICA:- Depois que os alunos pintarem as bandeirinhas, forme um varal. Para isso, coloque um fio de barbante no chão da sala de aula. Em seguida, peça a uma criança que inicie sua atividade, dobrando as bordas das suas 5 bandeirinhas e colando-as no barbante, de forma aleatória.- Por ordem de chamada, peça que o segundo aluno cole suas bandeirinhas na mesma seqüência de cores do primeiro, e assim por diante. Se alguém não acertar a ordem, solicite que a sala diga qual a bandeirinha correta a ser colocada.- Depois que todas as crianças colarem suas bandeirinhas, elas devem conferir o resultado e pendurar o varal na sala de aula.
Como aprofundar a atividade: peça que os alunos relacionem as cores que começam com a mesma letra, como, por exemplo, rosa e roxo e, assim, reconheçam as letras e os sons. Ensine as palavras relacionadas à data junina na língua inglesa! Exemplo: bandeira (flag), cores (colors), números (numbers), País/campo (country). Explique sobre as comidas típicas das Festas Juninas, como, por exemplo, pé-de-moleque, paçoca, batata-doce, milho cozido, pinhão e canjica. Você pode, ainda, preparar uma comida típica para os alunos.
quinta-feira, 28 de junho de 2007
Pedagogia do amor
O educando, no processo de formação escolar, tem necessidade de amar e compreender. Da mesma forma, o professor, no exercício de seu magistério, tem necessidade de ser amado e ser compreendido. Assim, a necessidade de amar do aluno e o desejo de ser amado do professor nunca andam separados, são a base de uma relação fraterna e recíproca entre professor e aluno. Uma criança quanto mais sente que é amada, mais disciplinada estará para receber a ministração das aulas. Onde não há reciprocidade, isto é, o amor do aluno para com o professor e do professor para com seu aluno, não assimilação ativa, não há a razão de ser da educação escolar: o desenvolvimento do educando como pessoa humana.A nova Lei de Diretrizes e Bases da da Educação Nacional (LDB), a Lei 9.394, promulgada em 1996, trouxe as bases do que venho denominando, nos meios acadêmicos, de Agapedia, a Pedagogia do Amor.É a LDB que nos oferece os dois mais importantes princípios da Pedagogia do Amor:o respeito à liberdade e o apreço à tolerância, que são inspirados nos princípios de liberdadee nos ideais de solidariedade humana. Ambos têm por fim último o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania ativa e sua qualificação para as novas ocupações no mundo do trabalho.
Na educação infantil, a Pedagogia do Amor torna possível o cumprimento do desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, na medida em que o processo didático complementa a ação da família e da comunidade.No ensino fundamental, a Pedagogia do Amor se dá em dois momentos: no primeiro, no desenvolvimento da capacidade de aprendizagem do educando, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores e, no segundo momento, no fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerânciarecíproca em que se assenta a vida social.No ensino médio, a Pedagogia do Amor se manifesta na medida que nós, professores efuturos professores, aprimoramos o educando como pessoa humana, incluindo a formaçãoética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico.Na educação superior, há lugar também para a Pedagogia do Amor. Ela se manifestano momento em que os professores estimulam o conhecimento dos problemas do mundopresente, em particular, os nacionais e regionais.
OBS: Link maravilhoso! Não deixem de acessar.
Aprendizagem significativa
"A aprendizagem significativa supõe que se encontre "eco" no sujeito a quem é proposta. Daí sua vinculação com uma forma relacional de competência. A aprendizagem significativa e uma das condições defendidas por Piaget para um método pedagógico ser construtivo. Significativa porque expressa essa categoria da paixão: deixar-se, como sujeito a ser atravessado por um objeto; por isso, estar envolvido, interessado, ativo, em tudo o que corresponde a sua assimilação. Por isso, Piaget, ao menos com as crianças, era muito crítico ao que chamava de "verbalismo da sala de aula". O verbalismo refere-se às exposições orais (explicações) para crianças sobre temas que as excluem por sua natureza formal, conceptual, adulta. A conseqüência disso, não raro, é a presença de crianças apáticas, desinteressadas, passivas, ou, então, agitadas, indisciplinadas e pouco cooperativas. As mesmas exposições, com adultos, podem ser positivas, pois estes possuem mais recursos cognitivos para se relacionar com essa forma de linguagem. Ou seja, um adulto, mesmo que só escutando, tem recursos de pensamento para manter um "diálogo" ativo (anota, faz associações, concorda, etc.) com o assunto que está sendo exposto.
O construtivismo não se reduz a um método pedagógico em particular, ao menos na perspectiva de Piaget. Caracteriza-se por princípios ou propriedades que diferentes métodos podem ter. A disponibilidade para a aprendizagem, ou seja, a condição ativa, significativa, é uma dessas propriedades, como mencionado. Há métodos de ensino que são envolventes, que formulam projetos e que dão sentido ao que se faz na escola. O mesmo se aplica a certos professores. Alguns possuem características pessoais muito positivas, são envolventes, têm auto-estima, são instigantes, estão comprometidos com seu trabalho, gostam de crianças, sabem mobilizá-las, sabem dar sentido às atividades propostas. Em uma palavra, são competentes. Há métodos competentes. Há professores competentes."
O construtivismo não se reduz a um método pedagógico em particular, ao menos na perspectiva de Piaget. Caracteriza-se por princípios ou propriedades que diferentes métodos podem ter. A disponibilidade para a aprendizagem, ou seja, a condição ativa, significativa, é uma dessas propriedades, como mencionado. Há métodos de ensino que são envolventes, que formulam projetos e que dão sentido ao que se faz na escola. O mesmo se aplica a certos professores. Alguns possuem características pessoais muito positivas, são envolventes, têm auto-estima, são instigantes, estão comprometidos com seu trabalho, gostam de crianças, sabem mobilizá-las, sabem dar sentido às atividades propostas. Em uma palavra, são competentes. Há métodos competentes. Há professores competentes."
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